O Instituto Brasileiro de Geografia e Economia (IBGE) divulgou em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o estudo “Estatísticas de Gênero – Indicadores sociais das mulheres no Brasil” do ano de 2024. O levantamento serve como um mapa da desigualdade de gênero no país, passando por temas como mercado de trabalho, educação e representação política.
O Congresso em Foco selecionou sete dados expressivos do IBGE que ajudam a mostrar a situação atual de disparidade social e econômica entre homens e mulheres. Veja nos gráficos abaixo:
1. Trabalho e salário
O estudo do IBGE indica o rendimento médio dos brasileiros, estratificado por gênero e cor da pele.
- o rendimento de uma mulher negra é, em média, 47% o de um homem branco, segundo o IBGE: R$ 1.781 ante R$ 3.793.
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2. Representação política
O percentual de mulheres na Câmara dos Deputados é mais um exemplo de desigualdade entre gêneros. Hoje, só 17,9% das cadeiras da Casa Baixa são ocupadas por parlamentares do sexo feminino.
Leia abaixo o percentual de representação feminina por estado.
3. Ensino superior: formação e trabalho
Os dados mostram que mais da metade dos alunos matriculados no ensino superior são mulheres e que a taxa fica mais alta quando se considera os estudantes que estão concluindo os cursos. Ainda assim, elas são minoria no quadro de professores destas instituições.
4. Mercado de trabalho
Um recorte do mercado de trabalho que evidencia a desigualdade: mulheres são minoria em funções gerenciais, em uma relação de 60 X 40. A diferença aumenta com a idade – quando se considera pessoas de 60 anos ou mais, só 27,1% dos cargos de gerência são ocupados por mulheres.
5. Correlação: taxa de ocupação e filhos
O levantamento detecta que a presença de um filho tem efeitos opostos na taxa de ocupação de cada gênero. Homens marcam uma taxa de ocupação mais alta quando se tem uma criança de até 6 anos em casa; mulheres, mais baixa.
6. Casamento infantil e adolescente
No estudo, o IBGE mostra uma importante tendência de queda no número de casamentos em que um dos cônjuges tenha menos de 18 anos. Mesmo assim, foram 16.991 meninas menores de idade que se casaram em 2021, ano mais recente da série – quase 9 vezes o número de homens.
7. Violência
O IBGE mostra ainda uma diferença de perfil nas vítimas de violência física no Brasil: mulheres vítimas de violência, em sua maioria, sofreram agressões em casa. Entre as mulheres, em 85,6% das vezes o agressor é alguém que a vítima já conhecia.